quarta-feira, 3 de janeiro de 2018

"10 SEGUNDOS PARA O FUTURO. O MUNDO EM 2077". OPORTUNIDADE PARA OS GOVERNANTES REPENSAREM O SISTEMA EDUCATIVO


Este primeiro programa de uma série de quatro, deixou-me completamente pregado ao sofá. Emocionante. Permitiu-me, por extensão, reflectir sobre o Sistema Educativo que, teimosamente, continua, parece que alegremente, a repetir o passado longe de se constituir como uma fonte prospectiva do futuro. Esta série deveria ser, "obrigatoriamente", vista por governantes, professores, responsáveis pelos estabelecimentos de ensino, motivo de reflexão que coloque em causa todo o sistema organizacional, os currículos, os programas e toda, toda a organização pedagógica. Estamos face à inteligência artificial, porém, o sistema educativo continua lá para trás na era industrial. Que pobreza!


A série da RTP, ontem iniciada, é absolutamente fascinante ao mesmo tempo que é geradora de uma enorme preocupação. Como será o futuro daqui por sessenta anos? "As próximas décadas vão sofrer a maior e mais veloz transformação de sempre. Na tecnologia, na ciência, no ambiente, nas relações interpessoais. Vivemos numa espécie de grande acelerador de ciência, em que o ritmo das descobertas não pára de surpreender. Nas últimas décadas acumulou-se mais conhecimento científico do que em toda a história da Humanidade. Em 2077 esse conhecimento científico terá duplicado várias vezes", leio na presentação desta fenomenal série de quatro programas. Estamos, ainda, convicto estou, na fase embrionária, que tal como Tofller sublinhou nos primórdios dos anos 80, jamais será possível meter o futuro nos cubículos convencionais de ontem. 

INTELIGÊNCIA ARTIFICIAL
NANOTECNOLOGIA
FUSÃO HOMEM/MÁQUINA 
GENÉTICA

"(...) Abandonámos as cavernas. Inventámos a roda, a locomoção a vapor, a electricidade, a internet. Construímos automóveis, aviões, foguetões. Lançámo-nos no Espaço. Criámos os mercados, a medicina, o armamento. Recriámos vida… Mas com uma insatisfação absoluta e permanente e uma vontade de alcançar sempre mais (...) Estamos no ponto de partida de uma mudança tecnológica exponencial. Nas próximas décadas viveremos a desmaterialização da tecnologia. Os computadores abandonarão as secretárias para se instalar nos olhos, nas paredes e em tudo o que nos rodeia. Os chips estarão integrados em praticamente tudo à nossa volta, transmitindo informação vital. A qualidade e a esperança média de vida aumentarão espantosamente e o envelhecimento será retardado. Teremos capacidade de escolher genes para os nossos filhos e criar novas formas de vida.
Em 2007, um smartphone tinha mais potência do que os computadores da NASA que levaram o homem à Lua em 1969. Em 2077 é provável que controlaremos os objectos à nossa volta através do pensamento. É unânime a opinião de que a revolução em curso é a maior e mais rápida de todas, com a intercepção da genética, da nanotecnologia e da inteligência artificial. As consequências são inúmeras e transversais, com grande impacto na saúde. No entanto, a ascensão da máquina lança desafios sem precedentes, até a possibilidade de extinção da própria Humanidade". (todo o vídeo aqui)
Este primeiro programa de uma série de quatro, deixou-me completamente pregado ao sofá. Emocionante. Permitiu-me, por extensão, reflectir sobre o Sistema Educativo que, teimosamente, continua, parece que alegremente, a repetir o passado longe de se constituir como uma fonte prospectiva do futuro. Esta série deveria ser, "obrigatoriamente", vista por governantes, professores, responsáveis pelos estabelecimentos de ensino, motivo de reflexão que coloque em causa todo o sistema organizacional, os currículos, os programas e toda, toda a organização pedagógica. Estamos face à inteligência artificial, porém o sistema educativo continua lá para trás na era industrial. Que pobreza!
Ilustração: Google Imagens.

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