sábado, 3 de março de 2018

O SISTEMA EDUCATIVO REGIONAL SOFRE DA POLÍTICA DO INTERRUPTOR


Ainda bem que o assunto "processo de inquérito" ou "processo disciplinar" (desconheço a fase e pouco isso me rala) continua a mexer. Pela minha banda a procissão "Curral das Freiras" ainda nem ao adro saiu. O que significa dizer que continuarei a combater a centralização e todas as ameaças, subtis ou descaradas, contra os professores, desde que se me afigurem injustas. Continuarei a defender, por extensão, um sistema educativo enquadrado com as exigentes respostas dos tempos que estamos a viver. Daí que, por uma questão de princípio, sustento que a Educação deve ser POLITIZADA, mas nunca PARTIDARIZADA. E pelo andar da carruagem, está! Existe muita falinha mansa, muita conquista política das pessoas com palavras envoltas em mel, "nomeações políticas" a carecerem pormenorizada explicação (vide edição de hoje do DN-Madeira) porém, o sistema, velho e gasto, tresanda e deixa rabinhos de fora à mercê de quem deseje analisar.


Há, indiscutivelmente, uma perseguição política ao Professor Joaquim José de Sousa da Escola 1,2,3 do Curral das Freiras. Na minha página de Facebook, a propósito de um texto que publiquei, quatro pessoas deixaram os seguintes comentários:

Flavio Sousa O Joaquim José Sousa é uma personalidade pública brilhante e incómoda, não acredito que as acusações sejam verdadeiras. Só um psicopata ou um mentecapto poderia falsear rankings, favorecer professores amigos na distribuição de horários ou inscrever alunos em cefs sem o seu conhecimento e depois culpar os professores.
Mony Trindade Grande pessoa! Grande ser humano! Excelente diretor! Se algum dia me senti verdadeiramente útil, acarinhada e valorizada foi sob a sua chefia na escola do Curral da qual guardo excelentes recordações e estará eternamente no meu coração!
Orlanda Santos Muito Bom o post. Política suja! Deixem o homem trabalhar e com bons resultados! Parabéns a este professor pelo seu trabalho de ajudar a formar alunos com bons resultados!
Daniela Silva Enquanto uns tentam manchar a imagem da escola e do próprio director, ele está lá na escola a trabalhar e a nos incentivar a sermos cada vez melhores! Sem dúvida uma grande pessoa e um grande exemplo a seguir.

Comentários livres e espontâneos. Para o secretário da Educação e os que o rodeiam tais comentários não são preocupantes, certamente. A norma é mais importante que o desejo de fazer diferente e melhor. A circular é muito mais relevante que qualquer dinâmica do e para o aluno. O preceito é muitíssimo mais importante do que desenvolver o pensamento e a criatividade. O modelo, tipo pronto-a-vestir, tamanho único, deve sobrepôr-se a qualquer tentativa de inovação. O padrão, do Porto Santo à Ponta do Pargo é para ser aplicado sem questionamento. É a política do interruptor: alguém liga e todos cumprem. Tudo o resto é pura fantasia.
Aliás, nesta Legislatura, a caminho de três anos de governo AUTÓNOMO, quando existe tanto, mas tanto texto e posições sobre a construção do futuro, talvez a ignorância seja minha, não consigo descobrir uma linha de pensamento (só uma) sobre o futuro. Apenas rotina, burocracia, visitas de circunstância, muita pose e "ponto e vírgula", dando aso a que se pense que quem manda nisto somos nós! Ora bem, será que ninguém consegue ver o erro estratégico? Será que, nesta grande parada, quem está com o passo trocado são todos quantos se opõem, desde a OCDE, aos investigadores e autores?
Por favor, não partidarizem isto, porque isto é o nosso futuro colectivo. Percebam uma coisa: pode-se apresentar 100% de "sucesso" nesta ou naquela escola, atenção, no quadro deste sistema educativo, porém, o problema não reside aí, ele está em um sistema estruturalmente desadequado. Logo, os tais 100%  podem corresponder a 100% de insistência no erro. Quando outro é o processo e os resultados satisfatórios, aí sim, podemos, então, falar de sucesso.  
Ilustração: Google Imagens.

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